Nessa busca encontram outras coisas pelo caminho.
É típico de muitos jovens profissionais almejar mais autoridade, pois, transbordando de ideias e energia, acreditam que têm a solução para muitas questões. Por isso, anseiam por mais poder para fazer mais e melhor. Muitas vezes trazem soluções brilhantes e se mostram muito competentes e bem sucedidos desde cedo.
No entanto, de modo geral, a trajetória de carreira costuma ser gradual, tijolo a tijolo, degrau a degrau.
Muitos dos que se já se encontram no meio da escalada percebem que a autoridade não existe por si só. Na realidade, na medida em que galgam os degraus, sentem que aumenta a responsabilidade, a obrigação de entregar resultados cada vez mais exigentes, o dever de liderar e inspirar colaboradores, bem como o ônus de tomar decisões cada vez mais críticas em relação ao negócio e às pessoas.
E aqueles que atingem o mais alto nível numa organização – uma presidência, uma gerência geral, uma gerência de unidade de negócios -, sentem isso de forma mais clara do que nunca. Nesse patamar eles percebem toda a enorme responsabilidade embutida na posição. Grande parte das suas decisões são de amplo alcance, muitas vezes estratégicas. Além disso, é preciso cuidado, pois meras conjecturas viram diretrizes; os silêncios reprovam, os sorrisos aprovam… e tudo isso impacta o negócio e as pessoas. Neste momento percebem que tudo o que se faz na organização – P&D, Marketing, Produção, Qualidade, etc., são apenas meios para atingir os objetivos do negócio, para buscar a lucratividade, a sustentabilidade e para cumprir a função social da empresa. O seja, enormes responsabilidades.
A autoridade sempre parecerá menor do que a responsabilidade; a autoridade é um bônus com ônus. Esta consciência está sempre presente na postura dos bons líderes.
Um abraço a todos.