job, interview, handshake

A “química” nos processos seletivos

Aquele fator imponderável que pode definir a aprovação ou a rejeição de um candidato.

Nas fases iniciais do processo seletivo o recrutador verifica se a experiência, formação e expectativa salarial do candidato estão alinhadas com os requisitos do perfil.  Neste momento não faz uma avaliação profunda do conhecimento técnico, sendo que esta etapa normalmente ocorre mais tarde no processo, normalmente conduzida pelo chefe direto da posição.

Se o nervosismo atrapalhar um pouco o candidato, é bom lembrar que o entrevistador também deseja que a entrevista seja um sucesso, pois tem resultados a atingir. Além disso, o candidato deve se conscientizar que aquela entrevista não é um tudo ou nada, mas apenas uma das etapas de um processo que costuma ter três ou mais entrevistas. Então, o seu objetivo numa entrevista é simplesmente passar para a próxima entrevista!

Nas entrevistas iniciais, enquanto apuram a experiência, os entrevistadores se esforçam para conhecer os candidatos como pessoas. O foco está em  apreender os valores essenciais: mecanismos de ação e reação, comportamento sob pressão, como respondem quando contrariados, qualidade da comunicação, energia transmitida, postura perante a rotina e riscos, relação com chefes, pares e colaboradores, objetivos profissionais, expectativa de carreira, e outros aspectos que compõem a individualidade, pessoal e profissional. 

Quando estabelecem que temos a experiência e a formação exigidas pelo cargo, é o quem somos que definirá se continuaremos no processo.

Nesse sentido, há diversas outras questões que os entrevistadores avaliam, e que não verbalizam na entrevista: “Esta pessoa trabalhará bem comigo (ou com o meu cliente interno)?  Essa pessoa se adaptará ao ambiente da empresa? Trabalhará bem com a equipe existente?  Terá resiliência suficiente para atuar com o temperamento do chefe? Seus valores são compatíveis com os nossos?

As respostas as essas percepções e sensações acabam por definir o resultado final da entrevista. Esta é, para nós, a tão falada “química”, que depois dizemos que “funcionou” ou “não funcionou”. Também a conhecemos como “questão de pele”, simpatia, identificação ou afinidade.  Trata-se, efetivamente, da avaliação íntima do entrevistador quanto ao ajuste entre a dimensão pessoal e comportamental do candidato e as realidades da empresa que só o entrevistador conhece.

Como candidatos, temos quase nenhum controle sobre essa avaliação e, na verdade, nem queremos tê-lo.  Assim como os entrevistadores, queremos ser a pessoa certa para o lugar certo, para sermos produtivos, bem-sucedidos e felizes.

Mostrar exatamente como somos é a melhor garantia para que isso aconteça.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *