Bastam os resultados ou precisamos promovê-los?
Quando perguntamos a profissionais sobre aspectos pessoais a desenvolver, a frase do título é uma das respostas mais comuns. A explicação é que precisam se promover melhor para aumentar a sua segurança no emprego e as suas possibilidades de crescimento, pois não estão gerando admiração suficiente para se destacarem.
Ser conhecido ou reconhecido é realmente importante. É um equívoco pensar que podemos sempre nos virar sozinhos, na vida ou nas empresas. Às vezes, somos nós que precisamos de apoio; outras vezes, somos solicitados a ajudar.
Mas no mundo profissional não basta termos o apoio dos nossos “iguais”, ou da nossa equipe. Na verdade, dependemos muito das pessoas de nível hierárquico superior e que têm o poder de decidir o nosso destino na organização. É importante que elas nos conheçam e respeitem os nossos resultados.
Aqui, a forma pela qual nos promovemos passa a ser fundamental. Se formos agressivos, corremos o risco de sermos considerados exibicionistas, politiqueiros e bajuladores. Esses defeitos podem eliminar toda a boa vontade e admiração que os nossos resultados possam merecer. Além disso, poderemos ser vistos pelos colegas como pessoas carreiristas, arrogantes e prepotentes e, assim, eles poderão deixar de colaborar, de forma espontânea, nos nossos projetos. Nossos próprios colaboradores poderão nos ver como chefes egoístas e centralizadores e deixar de oferecer seus esforços, sem reservas.
Ficarmos calados e retraídos também não é bom, pois o ritmo das atividades na empresa é muito frenético e as pessoas podem efetivamente ser esquecidas. Aqui não se aplica a máxima de que: “O bom juiz de futebol é aquele que não aparece durante a partida”. Não, a pessoa que se mostrar excessivamente discreta pode parecer acomodada. Se um dia, cansada da mesmice, ela aceitar uma oportunidade profissional em outra empresa, é possível que seu chefe diga algo como: “Por que você não falou nada? Você parecia tão satisfeita!”.
A postura ideal tem base em bons resultados. Mas a partir deles deve haver a disposição para participar ativamente dos objetivos da chefia e da empresa. Ademais, é necessário demonstrar comprometimento, capacidade de trabalhar em grupo e foco no desenvolvimento dos colaboradores. É estar presente e disponível o tempo todo.
Dessa forma, os resultados e a postura participativa se tornam as suas credenciais para o desenvolvimento da carreira, bem como a melhor defesa contra o mau-olhado e a maledicência.