SOMOS ESCRAVOS DO QUE NOS DOMINA.

Nossos valores mostram como agimos na maior parte das nossas decisões

O conhecimento técnico, a experiência profissional e as habilidades relacionais são requisitos essenciais para a nossa produtividade e crescimento. Porém, não é apenas isso. Precisamos, também, considerar os nossos valores, isto é, aquele conjunto de fatores e qualidades que influenciam as nossas decisões no dia a dia, geralmente de modo inconsciente. Por isso, em nossas entrevistas, sempre incluímos um questionamento sobre este aspecto.

Os valores apontam para características profundas da nossa personalidade.  Há os claramente positivos e que devem ser cultivados.  Há, também, aqueles que, se não conseguimos mudar, podemos, ao menos, procurar administrar.   Um valor como “Ser bem-sucedido”, por exemplo, pode ser um bom impulsionador de carreiras.  Porém, se mal regrado por valores superiores, como a ética e a consideração pelo próximo, este valor pode levar a comportamentos agressivos e improdutivos.

No círculo externo do conjunto de valores, circunscrevendo todos os demais, estão os valores espirituais.  São estes que nos fornecem referências para a compreensão e para o enfrentamento de situações que às vezes nos desalentam, nos agridem e, admitamos, por vezes até nos atraem. 

Quando nos deparamos com tais situações, são os valores espirituais que soam um alarme e orientam as nossas posturas e decisões. Entre eles estão a fé, a bondade, o conhecimento, o domínio próprio, a perseverança, a piedade, a fraternidade e o amor. (*).

Ainda num plano superior, mas abrangidos pelos valores espirituais, estão os valores morais.  Nesta categoria estão a ética, a honestidade, a lealdade, o respeito aos compromissos, a pontualidade, o respeito ao próximo e tantos outros.

Temos, finalmente, um grupo que poderíamos denominar valores materiais. Falamos aqui da valorização da segurança financeira ou empregatícia, do sucesso, do status e do crescimento na carreira, entre outros.  Este conjunto também pode ser muito construtivo desde que balanceado de modo harmônico com os valores morais e espirituais. 

O conjunto de valores – espirituais, morais e materiais -, precisa ser conhecido, administrado, expandido e fortalecido, da mesma forma que o aprendizado contínuo é essencial para as demais áreas de conhecimento. Precisamos estar conscientes de que, para o bem e para o mal, somos escravos daquilo que nos domina (*).

Assim como podemos ser escravos de vícios, como o do tabaco, podemos também ser dominados por valores como o dinheiro, o poder, o sucesso, e tantos outros. Tal submissão implicaria em que esses aspectos poderiam assumir um papel prioritário em todas as nossas avaliações e decisões, com o potencial de nos transformar em pessoas materialistas, menos empáticas e mais agressivas.

Na conclusão desta reflexão, sugerimos três questionamentos ao leitor: Conhecemos os nossos valores? Temos consciência daquilo que nos domina e escraviza?  O que temos feito para fortalecer a nossa dimensão espiritual?

Um abraço a todos!

Obs: (*) Conceitos extraídos da Bíblia, 2o Pedro, Capítulo 2.

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